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Impactos econômicos da COVID-19: análise macroeconômica e setorial para o Brasil

Última atualização em Segunda, 20 de Julho de 2020, 16h50 | Acessos: 1001

Lucas Rodrigues

Doutor em EconomiaI EDAR/UNIFESSPA

Pesquisador do “Grupo de Estudos: Política, Economia e Dinâmicas Minerarias” (GPEM)

 

A crise sanitária global inaugurada pela COVID-19 traz em sua esteira inevitáveis consequências econômicas. Apesar de uma disputa de narrativa que tenta imputar tais consequências às medidas de isolamento social, é impossível imaginar uma normalidade em cenário de pandemia. Traçando um paralelo com a gripe espanhola de 1918-1920, Barro et al (2020) estimam que os impactos negativos dessa doença sobre o PIB e sobre o consumo foram, em média, de 6% e 8%1, nos países analisados. Para os autores, esses números colocam o evento como o quarto maior choque adverso macroeconômico desde 1870, atrás apenas da II Guerra Mundial, da Grande Depressão de 1930 e da I Guerra Mundial.

Com a pandemia, as incertezas sobre o futuro e a retração na economia mundial fariam sentir seus efeitos sobre o consumo e o investimento local. Esses poderiam ser ainda maiores em um cenário de pânico causado por números explosivos de casos e óbitos, em situação hipotética de nenhuma medida restritiva. Projeções do FMI já apontam para situações similares sobre o crescimento econômico entre aqueles países que adotaram medidas mais brandas de isolamento social e aqueles com ações mais rigorosas. A Alemanha, por exemplo, bastante eficiente no combate à COVID-19 e, por isso, mais flexível na quarentena, apresentou retração de 2,2% em sua produção no primeiro trimestre desse ano (...).

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