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Vulnerabilidade, vida precária e luto: os impactos da pandemia da Covid-19 no Brasil

Última atualização em Terça, 09 de Junho de 2020, 08h58 | Acessos: 1894

Reginaldo Cerqueira Sousa

Doutor em História

Instituto de Ciências Humanas (ICH)/Unifesspa

Núcleo de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade (Nuade)

 

A pandemia da Covid-19 expôs o limite de nossa vulnerabilidade. Não só a do nosso corpo, diante da ameaça mortífera de um vírus contra o qual o nosso organismo não possui imunidade, mas a vulnerabilidade no sentido global. Expôs de forma aguda a fragilidade de quem não tem acesso à saúde nem condições de pagar por ela. São consequências da exclusão imposta pelo capitalismo globalizado que, desde a segunda metade do século passado, criou formas de sujeição social, tendo o consumo como o horizonte de expectativas. Na era da globalização, a pandemia do coronavírus globalizou, também, a morte.A pandemia da Covid-19 expôs o limite de nossa vulnerabilidade. Não só a do nosso corpo, diante da ameaça mortífera de um vírus contra o qual o nosso organismo não possui imunidade, mas a vulnerabilidade no sentido global. Expôs de forma aguda a fragilidade de quem não tem acesso à saúde nem condições de pagar por ela. São consequências da exclusão imposta pelo capitalismo globalizado que, desde a segunda metade do século passado, criou formas de sujeição social, tendo o consumo como o horizonte de expectativas. Na era da globalização, a pandemia do coronavírus globalizou, também, a morte.

Como não se tem, ainda, a real dimensão dessa catástrofe, a preocupação dos investidores das bolsas de valores, nos centros financeiros do mundo, tem sido a de amenizar o impacto da pandemia nos lucros, mesmo que isso possa custar a vida de seres humanos. Para o setor financeiro, a morte parece ser só um efeito colateral do bom funcionamento da economia (SAFATLE, Vladimir, 2020). Por outro lado, a falta de solidariedade e a ausência de trabalho em conjunto dos governos amplificam o problema, enquanto a pobreza, em diferentes regiões do globo, e o colapso do sistema de saúde nos mostram, de acordo com o filósofo José Gil (2020), que “[...] algo errado infectou a história dos homens e não fomos capazes de construir uma vida viável para a espécie humana.”.

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